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Na última sexta-feira, 23 de maio de 2025, a Presidência e a Secretaria Executiva do Conselho de Ética Pública (Conset/MG) realizaram a oficina "Entendimento e Reconhecimento de Casos de Conflito de Interesses", como parte da programação da IV Semana Mineira de Controle Interno, evento promovido pelo Governo de Minas, por meio da Controladoria-Geral do Estado (CGE/MG), de 19 a 23 de maio.

A oficina reuniu representantes de diversos órgãos do Estado e de municípios de Minas Gerais, que interagiram ativamente, discutindo e esclarecendo dúvidas sobre aspectos relevantes relacionados ao tema.

O Presidente do Conset, Joaquim Murta, realizou a abertura do encontro, destacando pontos importantes sobre conflitos de interesses. Na sequência, o Secretário Executivo, Jonatan Agnelli, apresentou uma exposição aprofundada sobre a temática. O Assessor Daniel Mendonça complementou a oficina abordando questões sobre oferta e recebimento de brindes, presentes e hospitalidades.

O final do encontro foi marcado pelo sorteio de perguntas envolvendo casos concretos que foram discutidos entre os participantes com esclarecimentos prestados pelos palestrantes, resultando em um momento de troca de experiências sobre o tema.

Foi uma manhã proveitosa, marcada por aprendizado, troca de experiências e rica interação entre os participantes.

 

Na última semana, entre os dias 15 e 16 de maio, o assessor da Secretaria Executiva, Daniel Rocha participou do XXV Seminário Ética na Gestão, promovido pela Comissão de Ética Pública do Governo Federal – CEP. Neste ano, os assuntos discutidos giraram em torno do tema "Prevenção e Enfrentamento do Assédio e da Discriminação". O evento contou com a participação dos Conselheiros da CEP, autoridades, especialistas e agentes públicos para debater estratégias de promoção de ambientes institucionais mais éticos e inclusivos.
Durante o evento os painelistas puderam trazer reflexões importantes sobre a postura ética no ambiente de trabalho e a necessidade de promoção de iniciativas para promover constante conscientização sobre práticas de assédio, além da necessidade de estruturar um sistema confiável para apurar de forma eficaz e acolher as vítimas, em sua maioria mulheres, do assédio moral e sexual. Ao final do evento ocorreu a premiação das Comissões setoriais que apresentaram projetos de boas práticas.
Sobre a oportunidade, Daniel destacou que “foi enriquecedor ouvir os relatos de gestores de grandes órgãos e empresas nacionais e como eles lidam com a temática, quais iniciativas estão sendo praticadas e a cultura local. Além disso, foi importante ver a seriedade com que o tema vem sendo tratado e diante dos dados apresentados, ver um caminho de mudança que ainda precisa ser percorrido”.

Na manhã da última quarta-feira ,14/05/2025, o Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (IEPHA-MG) promoveu um café especial com os servidores do Instituto, marcado por uma palestra sobre ética no serviço público.

O secretário Executivo do Conset, Jonatan Agnelli Pires, participou ministrando a palestra “Ética e Conflito de interesses no Serviço Público”. A apresentação abordou questões fundamentais sobre conduta ética e limites nas relações profissionais dentro da administração pública.

Organizado pela Comissão de Ética do IEPHA-MG, em parceria com a Controladoria Seccional do Instituto, o encontro contou com grande adesão dos servidores e colaboradores, que também participaram ativamente de uma dinâmica interativa ao final da palestra, reforçando a importância do tema discutido.

O evento buscou promover o diálogo e a conscientização sobre práticas éticas no cotidiano do serviço público, fortalecendo o compromisso institucional com a integridade e a transparência.

 Fonte: https://www.instagram.com/p/DJpTDGSayz/?img_index=4&igsh=NDRudXRsdDVkb2dm (com adaptações).

 

Evento realizado gratuitamente entre os dias 19 a 23 de maio de 2025 discutirá tendências globais e soluções com Inteligência Artificial aplicadas ao controle interno.

Controladoria-Geral do Estado de Minas Gerais (CGE) promove, entre os dias 19 a 23 de maio, a IV Semana Mineira de Controle Interno. O evento, realizado de forma presencial e gratuita em Belo Horizonte, reúne especialistas nacionais e internacionais para discutir práticas bem-sucedidas e tendências globais nas áreas de controle e governança.

O evento contará com palestras, mesas de discussões e oficinas práticas que abordarão temas relacionados aos usos das tecnologias e soluções com Inteligência Artificial (IA) na atividade de controle interno. Nesta edição, as atividades acontecem em dois locais – na Cidade Administrativa de Minas Gerais e no Auditório do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG).

O encontro é voltado aos servidores, gestores e empregados públicos, controladores estaduais e municipais e representantes da sociedade civil. Para participar é necessário realizar inscrição prévia por meio da página do evento: capacita.cge.mg.gov.br.

A ação conta, ainda, com programação direcionada aos membros do Conselho Estadual de Controle Interno de Minas Gerais (Coneci-MG), associação de direito privado que reúne controles internos do Poder Executivo e Legislativo dos municípios mineiros.

A iniciativa visa criar espaços de conexão e networking entre as controladorias e as unidades de controle interno do país, além de reforçar a cultura da transparência, da integridade e do enfrentamento à corrupção na administração pública.

“A Semana Mineira de Controle Interno é um evento oficial do Governo de Minas promovido anualmente pela CGE. Nosso objetivo é ofertar capacitação gratuita e de qualidade aos servidores, além de criar um espaço de troca e compartilhamento de ideias em prol do fortalecimento do controle interno brasileiro e do trabalho em rede”, destaca o controlador-geral do Estado, Rodrigo Fontenelle.

A IV Semana Mineira de Controle Interno é patrocinada pela CopasaCodemge e Conaci e conta com o apoio institucional do IDTCConeci-MGBDMGEMATEREPAMIGPMMGCBMMGRede Minas.

Destacamos que a Conset participará no dia 23/05/2025, com a oficina "Entendimento e reconhecimento de casos de conflito de interesses", tema especialmente relevante para Administração Pública.

A programação completa e o link de inscrições estão disponíveis na página do evento: capacita.cge.mg.gov.br.

Fonte: https://www.cge.mg.gov.br/noticias-artigos/1416-cge-promove-a-iv-semana-mineira-de-controle-interno (com adaptações)

              Joaquim Antônio Murta, presidente do Conselho de Ética Pública (Conset) de Minas Gerais/ Imagem: Arquivo Pessoal.

 

Joaquim Murta: ética como base da confiança pública 

 

Por Ana Luiza Guastaferro, Isadora Dias, Izabela Moura e Jeovana Almeida 

A ética no serviço público é a espinha dorsal que sustenta a confiança da sociedade nas instituições e garante a legitimidade das ações governamentais. No âmbito do poder executivo estadual de Minas Gerais, essa responsabilidade recai sobre Conselho de Ética Pública (Conset), órgão colegiado de natureza deliberativa e consultiva, vinculado diretamente ao governador do Estado. Instituído pelo Decreto n.º 43.673/2003 e regulamentado pelo Decreto n.º 46.644/2014, o Conset atua como gestor central da ética, garantindo a aplicação do Código de Conduta Ética do Agente Público e da Alta Administração Estadual. Com atribuições que incluem o assessoramento ao governador e aos secretários de Estado, além da apuração de denúncias e instauração de processos éticos, o Conset desempenha papel estratégico na promoção da integridade e na prevenção de desvios condutas. Na entrevista a seguir, o presidente do Conset, Joaquim Antônio Murta, discute a missão e os desafios do Conselho na gestão pública. 

Conecta: Qual é o papel do Conselho em prol da ética no serviço público? 

Joaquim Antônio Murta – O Conset é o órgão central que coordena a gestão da ética no Executivo estadual. Atua como instância consultiva, deliberativa e, em certos casos, recursal. Recebe denúncias, responde a consultas e orienta comissões de ética. Também promove ações educativas, como palestras e capacitações, disseminando os princípios do Código de Ética. Suas recomendações influenciam práticas em toda a administração pública, sendo referência no enfrentamento de conflitos de interesse. 

Conecta: Como acessar o Conset? 

J.A.M: O acesso pode ser feito via MG-OUV (Ouvidoria), Sistema de Prevenção ao Conflito de Interesses (SPCI), site institucional, e-mail, telefone ou presencialmente. É essencial que os servidores conheçam o Conselho, pois ele oferece suporte e orientações fundamentais para uma conduta ética no exercício da função pública. Qualquer cidadão também pode apresentar denúncias. 

P.C: O Conselho de Ética Pública possui autoridade jurídica?  

J.A.M: O Conset atua no campo ético-administrativo. Quando identifica situações que ultrapassam sua competência, encaminha os casos a órgãos como o Ministério Público, Advocacia-Geral do Estado, Controladoria-Geral do Estado ou Tribunal de Contas. Nossos pareceres têm caráter administrativo e não substituem decisões judiciais. 

À mulher de César não basta ser honesta, tem que parecer honesta 

P.C: Quais são os critérios para avaliar a conduta ética de servidores? 

J.A.M: O principal instrumento é o Código de Ética do Agente Público, de 2014. Recebida uma denúncia, realizamos análise preliminar e, havendo indícios, instauramos processo com direito à ampla defesa. Mesmo sem processo, podemos emitir recomendações. A análise é ética, não legal, e leva em conta como a conduta é percebida pela sociedade, o que reforça a preocupação com a percepção pública da conduta ética no serviço público. Para o Estado funcionar corretamente, é necessário que seja visto como ético e digno de confiança pela sociedade. À mulher de César não basta ser honesta, ela tem que parecer honesta. 

P.C: Quais sanções éticas são aplicadas pelo Conselho? 

J.A.M: O Código de Ética prevê advertência e censura ética. A primeira se aplica a infrações leves; a segunda, mais graves. Sanções éticas não envolvem demissão, mas podem impactar avaliações de desempenho e remuneração. Em casos mais sérios, o Conset encaminha o caso a CGE para possível instauração de processo disciplinar. 

A ética não é exclusividade do Conselho, mas envolve setores e órgãos 

P.C: Como o Conset pode influenciar políticas públicas? 

J.A.M: Nosso papel vai além da punição. Atuamos na orientação e capacitação de agentes públicos, apoiamos a criação de códigos de conduta específicos e participamos da Política Mineira de Promoção da Integridade. Realizamos eventos como a Semana de Combate à Corrupção e emitimos orientações sobre temas sensíveis, como assédio, recebimento de brindes e uso de redes sociais. Destaca-se a realização de eventos como a Semana de Combate à Corrupção, organizada pela Rede de Combate à Corrupção do Estado (ARCCO-MG),  para troca de experiências entre comissões de ética. O Conset fiscaliza, educa e promove uma cultura de integridade, fortalecendo a credibilidade e transparência no serviço público. 

P.C: Como funciona a relação do Conselho com órgãos do Estado e qual é o grau de autonomia em suas decisões? 

J.A.M: Somos tecnicamente autônomos e não subordinados a órgãos como CGE (Controladoria Geral da União), Ouvidoria ou AGE (Auditoria Geral do Estado).Os conselheiros são membros da sociedade civil, nomeados pelo Governador, sem vínculo funcional ou remuneração. Essa estrutura garante independência nas decisões e reforça a imparcialidade do Conselho. 

P.C: Em tempos de crise política e econômica, como o Conset lida com pressões externas? 

J.A.M: Nossa autonomia técnica nos protege de interferências. Mesmo em contextos delicados, mantemos o foco na legalidade, boa-fé, honestidade e interesse público. Não há histórico de tentativas de interferência nas decisões do Conselho, apenas pedidos de agilidade. 

P.C: Quais são as inovações recentemente implementadas pelo Conset? 

 

J.A.M: Lançamos o SPCI e estamos desenvolvendo um banco de precedentes para dar mais transparência às decisões. Também trabalhamos na digitalização da Declaração de Conflito de Interesse, que será integrada ao SisPatri. Além disso, atualizamos orientações sobre redes sociais e condutas sensíveis, sempre com foco na prevenção e adaptação aos novos desafios éticos trazidos pela tecnologia.

Fonte: https://conectabh.fumec.br/?p=3380

 

 

 

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